quarta-feira, maio 21, 2003

meus livros continuam na estante e tenho um buraco na alma

o pior do fim não é o fim em si, mas o que não foi começado... todas as expectativas frustradas... a cor da parede que não foi escolhida juntos; os cds que não vão dividir a mesma prateleira; os nomes dos filhos que nunca serão dados; o cotidiano que não vai ser aprendido. é isso que deixa o buraco aparente... que deixa a vida sem chão... a cabeça cheia de questionamentos e o corpo... inerte.

apesar da boca dizer uma coisa e o corpo outro... eu devo acreditar no que ouço e não no que acho que vejo.

o buraco vai fechar. e mesmo sabendo que não é o primeiro e, provavelmente, nem o último, a gente não aprende e nem se acostuma com a dor.

again: i know pain at the molecular level